Um filme totalmente acima da média. Conta a história de Rob Gordon (John Cusack), um cara que nunca curtiu muito trabalho, e que é dono de uma loja de discos, pra ele muito mais um santuário - com os seguidores Dick (Todd Louiso) e Barry (Jack Black) - do que um negócio. Além de ser um aficcionado por "top lits" de músicas, que ele cria como analogia pra qualquer momento de sua vida, também passa a enfrentar problemas amorosos, uma vez que, casado com Laura (Iben Hjejle), se envolve com a fascinante Marie DeSalle (Lisa Bonet).

O enredo simples é compensado por uma trilha sonora de primeira, assinada pelo próprio John Cusack, recheada de clássicos da música internacional, de rock, pop, blues a jazz, que combinam perfeitamente com o ambiente da loja do protagonista. O elenco também é ótimo, a começar pelo próprio Cusack, um dos atores que mais curto, passando por Hjejle, com sua encantadora Laura, Todd Louiso e Jack Black, como Dick e Barry, malucos que "batem ponto" diariamente no santuário, disputando entre si e o dono quem tem mais cultura musical (disputas deste tipo é comum entre homens - e não menciono idades, física ou mental), Lisa Bonet com a fascinante cantora Marie DeSalle, aventura amorosa de Gordon, e fechando com a participação especialíssima de Tim Robbins, que julgo um dos mais perfeitos atores para interpretar personagens com tendências psicopatas - que não é o caso aqui, como Ian "Ray" Raymond, que se envolve na vida do casal, e que junto com os três membros da seita musical, protagonizam uma das mais hilárias sequências de comédia que assisti nestes últimos anos. O cenário é a loja de Rob Gordon.

Me lembro de ter que pausar o filme de tanto gargalhar. Indiquei o filme pra Tijolo, e falei que teria uma cena em que ele ia pausar pra rir também. Não deu outra...