A comédia sempre foi um gênero muito difícil de se fazer. De se fazer bem feito, é claro. A geração anos 80 viveu um bom período, em minha opinião, no gênero comédia. Contávamos com atores, não somente comediantes, bastante talentosos, que nos ofereceram pérolas tais como 'Um Dia a Casa Cai', 'Mulher Nota 1000', 'Apertem o Cinto: O Piloto Sumiu!', 'Corra Que a Polícia Vem Aí', 'Splash! Uma Sereia em Minha Vida', 'Top Secret! Super Confidencial', 'Um Tira da Pesada', 'Quero Ser Grande', ou mesmo a famigerada série 'Porky's'. Caras como Tom Hanks, John Candy, Chavy Chase, Steve Martin, Bill Murray, Billy Crystal, Eddie Murphy, entre outros, comandavam o cenário com total autoridade.
Da década de 90 pra cá, a frequência de bons filmes diminuiu, e meio que foi substituído por várias comédias adolescentes, ou mesmo nonsense absoluto, como os vários 'American Pie' e os vários 'Todo Mundo em Pânico', estes últimos inclusive precisaram apelar pra David Zucker e Jim Abrahams, realizadores de 'Apertem o Cinto' e 'Top Secret!', pra poder melhorar a credibilidade. Nunca suportei daqueles filmes 'Esqueceram de Alguém', 'Capetinha', 'Diabinho', etc, com crianças-prodígio-e-adultos-imbecis-aprontando-altas-confusões ou também aqueles com animaizinhos-engraçadinhos-e-prodígios-com-seus-donos-babacas. Nem as caretas e os histrionismos de Jim Carrey me conveceram (mas os filmes dramáticos dele são ótimos). Não tenho lembranças de algo que tenha me chamado mais a atenção, com exceção de 'Melhor é Impossível', de James L. Brooks, que considero uma das melhores comédias que já assisti.
Eis que chegamos à atualidade, e me vejo novamente feliz ao ver ótimas comédias sendo produzidas. Já citei anteriormente 'Alta Fidelidade' (não exatamente uma comédia, mas com excelentes toques cômicos) e 'O Âncora', e talvez ainda fale de 'Escola de Rock', 'Kung-Fusão' e 'Com a Bola Toda'. Mas hoje falarei de 'O Virgem de 40 Anos'.
Andy Stitzer (Steve Carell) é funcionário de uma loja de eletrônicos. Nerd típico, recluso e tímido, ele chegou aos 40 anos sem ainda passar por sua primeira experiência sexual. Ao descobrir o fato, os colegas de trabalho passam a desesperadamente providenciar uma solução para o dilema do cara. Mesmo se divertindo muito ao zoar o amigo, o empenho deles é autêntico. Situações hilárias acontecem no meio do caminho, até que ele conhece Trish (Catherine Keener), por quem se apaixona, e é retribuído igualmente.
Steve Carell tem se mostrado um ator completo. Encarna papéis de todo tipo em comédias ('Todo Poderoso 1 e 2', 'O Âncora'), mas também demonstrando eficiência em outros gêneros, como no sensível 'Pequena Miss Sunshine', onde viveu um professor depressivo e suicida. O elenco é todo competente, com destaque para Keener e Paul Rudd (o desiludido amigo David), com quem Carell já havia trabalhado em 'O Âncora'. Com excelentes sacadas e um texto muito inteligente, é um ótimo divertimento.
Abaixo vai um pequeno trecho, mais especificamente o final (obviamente ele alcança seu objetivo primordial), desfecho genial e condizente com o resto do filme. Eu me acabei de rir.
Da década de 90 pra cá, a frequência de bons filmes diminuiu, e meio que foi substituído por várias comédias adolescentes, ou mesmo nonsense absoluto, como os vários 'American Pie' e os vários 'Todo Mundo em Pânico', estes últimos inclusive precisaram apelar pra David Zucker e Jim Abrahams, realizadores de 'Apertem o Cinto' e 'Top Secret!', pra poder melhorar a credibilidade. Nunca suportei daqueles filmes 'Esqueceram de Alguém', 'Capetinha', 'Diabinho', etc, com crianças-prodígio-e-adultos-imbecis-aprontando-altas-confusões ou também aqueles com animaizinhos-engraçadinhos-e-prodígios-com-seus-donos-babacas. Nem as caretas e os histrionismos de Jim Carrey me conveceram (mas os filmes dramáticos dele são ótimos). Não tenho lembranças de algo que tenha me chamado mais a atenção, com exceção de 'Melhor é Impossível', de James L. Brooks, que considero uma das melhores comédias que já assisti.
Eis que chegamos à atualidade, e me vejo novamente feliz ao ver ótimas comédias sendo produzidas. Já citei anteriormente 'Alta Fidelidade' (não exatamente uma comédia, mas com excelentes toques cômicos) e 'O Âncora', e talvez ainda fale de 'Escola de Rock', 'Kung-Fusão' e 'Com a Bola Toda'. Mas hoje falarei de 'O Virgem de 40 Anos'.
Andy Stitzer (Steve Carell) é funcionário de uma loja de eletrônicos. Nerd típico, recluso e tímido, ele chegou aos 40 anos sem ainda passar por sua primeira experiência sexual. Ao descobrir o fato, os colegas de trabalho passam a desesperadamente providenciar uma solução para o dilema do cara. Mesmo se divertindo muito ao zoar o amigo, o empenho deles é autêntico. Situações hilárias acontecem no meio do caminho, até que ele conhece Trish (Catherine Keener), por quem se apaixona, e é retribuído igualmente.
Steve Carell tem se mostrado um ator completo. Encarna papéis de todo tipo em comédias ('Todo Poderoso 1 e 2', 'O Âncora'), mas também demonstrando eficiência em outros gêneros, como no sensível 'Pequena Miss Sunshine', onde viveu um professor depressivo e suicida. O elenco é todo competente, com destaque para Keener e Paul Rudd (o desiludido amigo David), com quem Carell já havia trabalhado em 'O Âncora'. Com excelentes sacadas e um texto muito inteligente, é um ótimo divertimento.
Abaixo vai um pequeno trecho, mais especificamente o final (obviamente ele alcança seu objetivo primordial), desfecho genial e condizente com o resto do filme. Eu me acabei de rir.
Categoria(s): Cinefilia
1 comentário(s):
- At 9 de fevereiro de 2008 às 12:42 Anônimo said...
-
Este é simplesmente o melhor filme de comédia dos ultimos anos!