O escritor lisboeta (1888-1935), dispensa maiores apresentações, sendo um dos mais conhecidos e admirados da atualidade.
Figura controversa, Pessoa se subdividiu (ou se replicou?) em alguns heteronômios, poetas, com biografia própria, estilo próprio, com data de nascimento e morte. Destes, os mais conhecidos foram Alberto Caieiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. A obra em questão, "O Livro do Desassossego", também foi escrita por um de seus heteronômios, Bernardo Soares, mas esse só veio revelar-se mais tarde. Em minha opinião, "O Livro do Desassossego" tem mais de Pessoa - ele próprio, sem precisar de nenhum heteronômio - do que qualquer um outro, e eu costumo chamar de minhas 'pílulas diárias de verdade'. É o suprassumo do que seriam as impressões de uma alma inquieta, uma alma com uma sensibilidade ímpar de percepção de mundo.
Esquizofrenia? Marketing Literário? Ou uma mera piada? Quando questionado acerca dos seus inúmeros heteronômios, Pessoa respondeu ironicamente: "Multipliquei-me para sentir-me". Genial.
Não se sabe o ano exato da primeira publicação. Datei como 1916, pois é o que a maioria dos estudiosos sobre pessoa dizem. Também, quem se importa? É apenas mais um entre os vários desassossegos que ela proporciona.
É com muito prazer que disponibilizo pra vocês essa obra. É, de fato, uma preciosidade literária. Completa e comentada. Aproveitem bastante!
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