O dia de Todas Nós





Dia Internacional da Mulher, e o Azidéias não poderia ficar de fora dessa.
Eu, como única representante da classe aqui na redação, gostaria de fazer um pedido às nossas leitoras, eu sei que elas são muitas, assíduas, fiéis... Como a grande maioria de nós.

Dia da mulher é todo dia. É o dia da filha que sofre com o ciúme da mãe por ter a mocidade que ela perdeu, que sofre com o ciúme do pai que não se conforma com a idéia de ter outro homem por trás do seu sorriso. Da trabalhadora que sai de casa cedo e volta tarde; que ganha pouco mas economiza pra conseguir realizar aquele lindo baile dos sonhos na sua formatura de Psicologia (porque toda mulher sempre sonhou em ser psicóloga, eu também não fui diferente). Da esposa que ama, da esposa que vacila, mas que está ali, lado a lado. Da piriguete, que se põe faceira para conseguir seus trunfos do dia. Da arrumadeira do motel, que limpa diariamente os vestígios dos trunfos da piriguete. Da namorada que se finge de desinformada quando acha um fio de cabelo da piriguete, por amor. Da que não finge e quebra o pau e depois tem que aguentar desculpas melosas e pedidos de perdão, ó, nós temos o poder de ser deusas e perdoar ou não ao nosso bel prazer. Da mãe solteira que fica em casa comendo pipoca murcha enquanto as amigas sem filho estão se acabando de dançar salsa com algum negão bem gostoso cidade adentro. Também das mães solteiras que deixam os filhos com as avós e vão dançar forró com algum amarelo-sem-graça por aí. Por que não, das namoradas apaixonadas? Das meninas apaixonadas, das mulheres apaixonadas, ora paixão já explícita, ora paixão resignada, de quem acha que vai morrer com aquele sentimento no peito, guardado...

Somos tantas, às vezes várias em uma só. Mas somos lindas, temos o poder de gerar homens e mulheres, de apaixonar homens e mulheres. Com um longo vestido preto decotado ou com aquela velha combinação jeans surrado/rabo-de-cavalo, passamos e encantamos. Nós cheiramos diferente, temos gestos diferentes, piscamos o olho de forma diferente, comemos diferente. Por mais duronas que tentemos ser, sempre há algo de delicadeza num olhar, ou naquela forma toda especial que temos de chupar pirulito, ó, como adoramos chupar pirulito!

O que dizer mais? Altas, baixas, médias, gordas, secas, médias, ruivas, loiras, morenas e 'pseudos', meninas, coroas, idosas... Sejam gostosas, encantem, façam a diferença. Viemos ao mundo para fazer a diferença, e ele só é o que é porque estamos nele. se unam, sejam solidárias, pensem de forma única, valorizem as suas especificidades, sejam ORIGINAIS. Sofram menos, divirtam-se mais, 'dama na sala, piri na cama' (isso mesmo), aprendam a dançar, leiam mais, se informem mais, tomem um curso de pompoarismo. Sejam deusas, ninfas, musas... únicas e especiais... Magnetizem tudo que quiserem para perto de vocês. Já dominamos o mundo. Somos a maior parte da população!

Aqui existe uma de vocês que é apaixonada pela sua condição. De ser menina, de ser mocinha, de ser mulher. Cada uma em seu momento certo. Ademais, como já diria Rebecca Matta, 'toda garota tem xo**** e tem muito amor p'ra dar'. Amem. Indiscriminadamente. Viemos ao mundo pra isso.

Carpe diem, meninas!
E chupem muito pirulito.

[Ah, a foto? É a foto de uma obra de Cocarelli (No Divã, óleo pastel sobre fabriano, 1985), artista aficcionado por mulheres, de preferência mulheres 'mulheres', sabe? Peito, bunda, perna... voluptuosas. Ele diz que essas são as mulheres de verdade. Nossa, me senti a musa de Cocarelli agora.
Mais sobre ele? Mais telas? Comprar quadros? Aqui, ó!]

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